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Graça Leal
Eleito
16 Votos
Maria Das Graças De Andrade Leal (Salvador)
Macroterritório 2
Currículo
Currículo
Pós-doutora em História Social pela Universidade do Porto-Portugal (2011); doutora em História Social pela PUC-São Paulo (2004) e Mestre em História pela Universidade Federal da Bahia (1995).Graduada em História pela Universidade Federal da Bahia (1990) e em Filosofia pela Universidade Católica do Salvador (1983).
Professora Titular da Universidade do Estado da Bahia-UNEB desde 1996, onde atua na Graduação de História e integra o quadro permanente de professores do Mestrado em História Regional e Local no Campus V - Santo Antônio de Jesus.
Tem experiência nos campos do ensino e da pesquisa em história, educação, patrimônio histórico-artístico-cultural, com especialidade em História da Bahia e do Brasil. Tem publicado diversos artigos, participado como debatedora, conferencista, palestrante em mesas redondas, seminários, congressos. Publicou os livros A Arte de ter um Ofício: Liceu de Artes e Ofícios da Baia 1872-1996, em que resgata a história institucional com foco nos universos do trabalho, da educação e do patrimônio cultural; e Manuel Querino entre Letras e Lutas Bahia: 1851-1923, em que discute, a partir de uma biografia, transformações sócio-políticas e culturais no mundo do trabalho urbano.
Atua no ensino e na pesquisa documental em arquivos, realizando projetos nas áreas de patrimônio e arquivos, a exemplo de trabalhos desenvolvidos junto ao Instituto do Patrimônio Artístico-cultural da Bahia por 17 anos, ao Liceu de Artes e Ofícios da Bahia, onde exerceu os cargos de pesquisadora e coordenadora de projetos educacionais por 10 anos, e, como consultora, nos projetos Memorial das Baianas (Salvador-2008) e Memorial Regis Pacheco (Vitória da Conquista-2008). Como membro da atual diretoria da Associação Nacional de História-Seção Bahia (2012-2014), participo do movimento em defesa dos arquivos públicos e privados na capital baiana e no interior do estado e faço parte da Comissão criada em 2013 pelo Secretário de Cultura do Estado da Bahia para a elaboração do anteprojeto de decreto para regulamentação do Sistema de Arquivos do Estado da Bahia.
Grupos de pesquisa: Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória – CITCEM – investigadora vinculada ao Grupo MEMÓRIA, PATRIMÓNIO E CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES (Faculdade de Letras da Universidade do Porto-Portugal); Grupo de Pesquisa História Regional e Local – pesquisadora (UNEB/Mestrado em História Regional e Local); Grupo de Pesquisa História, Literatura e memória – pesquisadora (UNEB)
Justificativa
Justificativa
Como há mais de 30 anos venho militando e atuando profissionalmente na área de História e Patrimônio, tenho o interesse em contribuir para a elaboração e aplicação de políticas públicas vinculadas às áreas de arquivo e memória, considerando que tenho vivenciado um crescente abandono e descuido, por parte do Estado, dos espaços de memória da Bahia e em especial dos arquivos históricos não somente localizados na capital, mas aqueles existentes e outros relegados ao esquecimento no interior baiano. O alto índice de perdas de documentos históricos, sejam aqueles existentes nos tribunais de justiça, do trabalho, nas repartições públicas do executivo, legislativo e judiciário, nas câmaras municipais, em instituições privadas de interesse público, entre outros acervos de jornais, fotográficos, filmicos, etc, indicam ser importante a reunião de esforços de indivíduos preocupados e dispostos a trabalhar pela defesa da memória na Bahia, tendo em vista ser um direito de todos os cidadãos. Considero que, não somente os pesquisadores das áreas de arquivo, história, antropologia, sociologia, do direito são penalizados pela inoperância de instituições públicas (federais, estaduais e municipais) na aplicação de uma gestão documental e arquivística que garanta a qualidade das pesquisas e da produção do conhecimento, bem como do acesso à informação, mas a todos os cidadãos que reivindicam o direito à memória. Assim, coloco-me à disposição para atuar, coletivamente, junto às instâncias de debate e de decisão deste Estado, a fim de assegurar infraestrutura de qualidade para a preservação, conservação, restauração de acervos históricos que atualmente encontram-se em processo de degradação, para a guarda de documentos produzidos no século XX, os quais estão se perdendo por diversas razões técnicas e políticas, além de garantir acesso às informações a todos que por elas solicitam, de forma estruturada e atualizada, visando políticas de guarda, conservação, preservação de acervos em seus diversos suportes, não somente em papel, mas aqueles digitais. Se deixarmos o tempo passar sem ações efetivas que possam impedir a perda definitiva de documentos produzidos na Bahia até os dias atuais, podemos pensar que os governos baianos estão edificando um Estado sem memória e contribuindo para a construção de um país alheio ao seu passado, à sua história, ao seu presente e ao seu futuro. Prefiro atuar em defesa da memória, da história, da cultura patrimonial de forma propositiva.
Propostas:
Gestão e infra-estrutura qualificada de arquivos
'Gestão e infra-estrutura qualificada de arquivos'
Objetivo Geral: Influenciar na elaboração e aplicação de políticas públicas de proteção, valorização e preservação de acervos documentais arquivísticos, considerando o alto grau de deterioração, perdas definitivas e descaso para com acervos histórico-culturais produzidos no Estado da Bahia desde o período colonial, imperial, republicano, até os dias atuais. Observa-se o crescente descaso com que vem sendo tratado os arquivos públicos baianos, sejam os existentes na capital como no interior, ou aqueles não implantados conforme normas e regulamentos, o que vem gerando perdas irreversíveis de informações históricas de relevância operadas nas diversas repartições públicas do executivo, legislativo e judiciário.
1- Considerando a deficiência crescente na prestação de serviços arquivísticos, na guarda, gestão e preservação de acervos históricos, em função da falta de infraestrutura dos arquivos públicos, nomeadamente do Arquivo Público do Estado da Bahia, esta proposta visa contribuir para a elaboração de um projeto de construção de um edifício moderno que assegure todos os critérios de funcionamento de um arquivo histórico, conforme parâmetros estabelecidos nacional e internacionalmente, a fim de garantir, junto às instâncias do poder público estadual, prioridade política e técnica para a implantação do projeto em três anos.
- Para o funcionamento qualificado de um arquivo moderno, este projeto defenderá a implementação de um plano de cargos técnicos qualificados, a fim de assegurar a gestão documental, enquanto política pública de valorização, salvaguarda e garantia de direitos histórico-culturais relativos à construção identitária, à diversidade, à difusão e acesso à informação, considerados direitos assegurados pela Constituição Brasileira. Para tanto, a defesa por uma gestão autônoma, que trabalhe com fluidez, agilidade, atuando em decisões que priorizem os objetivos de valorização do patrimônio e da memória arquivística da Bahia, se constitui em um dos pilares que promoverá a eficiência na condução de uma política pública de arquivos no âmbito estadual.
- O direito à memória é direito de todo cidadão, portanto deve ser assegurado pelas instâncias governamentais o acesso à informação, a produção de conhecimento, o processamento técnico, a preservação e a execução de políticas de arquivo, a fim de efetivamente implementar estratégias que garantam a proteção e salvaguarda de documentos arquivísticos, enquanto referência de gestão pública acessado por todos.
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